O compliance vem do inglês to comply, e significa cumprir ou estar em conformidade. Aplicado ao meio empresarial, é uma maneira de garantir que as empresas sigam os requisitos legais por meio de ações sistematizadas. A cibersegurança tem um papel importante no cumprimento dessas práticas.
A própria Lei Geral de Proteção dos Dados (LGPD) tem uma seção (II) voltada apenas às boas práticas e governança. Nela, está expresso que a segurança do ambiente cibernético “seja atualizada constantemente com base em informações obtidas a partir de monitoramento contínuo e avaliações periódicas”. Ou seja, é impossível falar em compliance sem mencionar a cibersegurança.
Entenda o papel da cybersecurity na gestão do compliance
A cibersegurança é fundamental na gestão de conformidades, a fim de garantir que as normas e regulamentos aplicáveis estejam em dia, especialmente em um ambiente digital e interconectado. A segurança cibernética está intrinsecamente ligada ao cumprimento de requisitos legais, regulatórios e normativos, pois protege os dados, sistemas e informações da empresa contra ameaças e ataques cibernéticos.
Mas para que ocorra esse alinhamento, é preciso estar atento a alguns pilares que sustentam essa relação. Veja quais são eles logo abaixo.
Gerenciamento de identidade e de acesso
Aqui, o princípio aplicado é o da “Confiança Zero, Segurança 100%”. A implementação do Zero Trust resultaria em uma mudança notável na maneira como os usuários acessam o ambiente corporativo da empresa. Para proteger os dados dos usuários e aumentar o nível de segurança o Zero Trust não lança mão apenas de ferramentas e tecnologias, mas da adoção de uma abordagem de verificação de identidades, dispositivos e acessos.
Leia também: Confiança Zero x Segurança 100%.
Gerenciamento de dispositivos
Se os colaboradores acessam os dados da empresa via dispositivos particulares, saiba que isso pode ser uma porta de entrada para um ataque cibernético. Por isso, busque formas de controlar e limitar as funções que podem ser exercidas nesses dispositivos. Isso deve ser feito considerando a função exercida por meio de um controle específico.
Proteção da informação – Gerenciamento de Acesso
Basicamente, consiste em determinar quem pode acessar o quê. Dessa forma, é necessário buscar alternativas, com objetivo de barrar o compartilhamento de determinados documentos e evitar a abertura do arquivo por aqueles que não devem vê-los.
O gerenciamento de acesso (IAM – Identity and Access Management) é uma prática para garantir que pessoas e entidades com identidades digitais tenham o nível certo de acesso aos recursos da empresa, como redes e bancos de dados.
Tratamento de ameaças
Para contextualizar, quando tratamos de redes de computadores, uma porta pode ser um software de aplicação específica ou processo específico servindo de ponto final de comunicações. Esta porta pode conter uma vulnerabilidade, que é uma fraqueza que pode ser explorada por cibercriminosos para obter acesso não autorizado a um sistema.
Uma vez detectada uma vulnerabilidade, ela se torna uma ameaça, pois depois de explorar esta vulnerabilidade, um ciberataque pode executar código malicioso, instalar malware e até roubar dados confidenciais. Algumas ameaças cibernéticas não podem ser previstas, logo não dá para preveni-las. Por isso, uma busca ativa pelas vulnerabilidades e portas de acesso deve ser conduzida frequentemente.
A segurança da informação tem por pilares, garantir a confidencialidade, disponibilidade, integridade e autenticidade dos dados da empresa.
Confidencialidade: resumidamente, visa garantir que pessoas sem autorização não tenham acesso aos dados da empresa.
Disponibilidade: Os dados precisam estar disponíveis de acordo com a necessidade. Sempre que existir, deve ser possível acessar.
Integridade: Visa garantir que uma vez que a informação é armazenada, não sofra alteração ou violação.
Autenticidade: A capacidade de assegurar a autoria da informação. A confirmação de quem produziu a informação.
Isso tudo contribui para o cumprimento de regulamentações como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a ABNT NBR ISO/IEC 27014:2013, que ajuda norteando a gestão, a comunicação, a avaliação e o monitoramento das operações voltadas para a cibersegurança.
De onde vem as práticas recomendadas para a cibersegurança?
A governança em Segurança da Informação é regida ou orientada pelas normas ABNT NBR ISO/IEC 27014:2013, estabelecendo diretrizes em uma empresa. Isso porque fornece orientações a gestores, executivos e outros envolvidos no compliance e na cibersegurança, ajudando-os a entender o papel estratégico da segurança da informação integrada com os objetivos gerais de negócio.
Leia também: Segurança e privacidade de dados como prioridade para evitar probemas legais.
A First Tech pode te ajudar no cumprimento de diversas normas para conformidade e boa gestão em cibersegurança. Fale com o time da First Tech para se informar.