As redes de longa distância (WAN) foram projetadas numa época em que as chamadas conexões branch-office (ligando matriz, filiais ou outros pontos remotos) se davam de forma estável e através de links padronizados conectados ao data center. Os serviços e aplicações disponíveis aos usuários, ficavam hospedados em servidores locais ou em datacenters.
Com o surgimento da nuvem e a explosão da mobilidade, esta arquitetura fixa de redes já não respondia às exigências de tráfego intensivo entre múltiplos dispositivos, bem como a outros fatores, como a elasticidade das demandas, a disseminação de serviços microprocessados e o crescimento exponencial das conexões peer-to-peer.
O modelo de arquitetura flexível, trazido anteriormente pelas redes definidas por software (SDN), foi então transplantado para o nível da WAN, emergindo as SD-WAN, com o devido suporte de tecnologias como a priorização inteligente de tráfego, as soluções de balanceamento dinâmico de carga, a abolição das métricas de performance baseadas exclusivamente na capacidade do link e a adoção de um plano de tráfego adaptativo, definido por métrica de negócios.
Com a arquitetura SD-WAN, todos os tipos de link de alta e baixa velocidade, independente da tecnologia, são incorporados na definição de uma conectividade estratégica, ajustada segundo as demandas e reguladas por premissas de negócios associadas ao contexto de mercado, em tempo real. Um modelo em que as aplicações e serviços voltados ao usuário final não se localizam necessariamente em um ponto específico da estrutura.
Este é o ambiente adequado para as novas estratégias de propriedade de software e infraestrutura – agora balizadas pelas opções on-premise e “as as Service”, numa tendência de reconversão dos ativos (CapEx/OpEx) – e de orientação de serviços para a produtividade e experiência do cliente ou funcionário como premissas de valor.
Com a explosão da pandemia de Covid-19, os novos projetos de SD-WAN (como praticamente todos os macro projetos em TI) precisaram ficar temporariamente escanteados, enquanto o mundo inteiro improvisava uma estrutura global de home-office. A partir do último trimestre de 2020, a indústria já sente que tais projetos começam a ser retomados, e a tendência é de que evoluam de forma acentuada diante do novo quadro de dispersão ainda maior das redes corporativas.
De fato, pela estimativa do Gartner, metade das empresas globais enviaram ao menos 80% de seus funcionários para postos de trabalho doméstico, enquanto os analistas preveem que até 30% desse contingente não irá mais retornar para o escritório.
Olhando para este mesmo cenário, a empresa de pesquisa Dell’oro aponta que as vendas de SD-WAN irão crescer de forma consistente, em torno de 24% ao ano até 2025, quando atingirão um montante da ordem de US$ 4 bilhões. Para os principais observadores da economia em nuvem, todos os fatores confluentes levam à constatação de que arquitetura de redes remotas deixou de ser uma abordagem específica, tornando-se o modelo padrão da conectividade e absorvendo, num único plano, a matriz e as filias, as unidades móveis transportadas, a força de trabalho em campo, as redes locais temporárias (como nos canteiros de obras) e o Wi-Fi de trabalhadores domésticos.
Algumas tendências ligadas à SD-WAN!
SASE – A explosão do trabalho remoto e das transações peer-to-peer aumenta a superfície de ataque e multiplica os pontos e vulnerabilidades, ampliando as taxas de risco. Os tradicionais túneis de segurança representados pelas VPNs não oferecem blindagem suficiente na nova arquitetura complexa, trazendo como tendência a oferta de segurança diretamente para a origem da conexão, ao invés de hospedá-la na estrutura do data center. Para descrever este novo serviço, o Gartner cunhou a expressão SASE (Secure Access Service Edge), que atualmente aparece cada vez mais intimamente associada às SD-WANs.
Zero Trust – Como o SD-WAN aumenta a superfície de ataque, torna-se uma opção interessante a implantação da “confiança zero”, e com algumas limitações da VPN cresce a adoção do ZTNA (Zero Trust Network Access)
SD-Branch – A definição da SD-WAN como ambiente padrão leva a indústria de redes a pensar em expandir o conceito até aponta, levando com conceito de software defined até a ponta através do SD-Branch.
Adesão à 5G – À medida que as conexões 5G começam a se tornar disponíveis, a arquitetura SD-WAN passa a usar este recurso para aumento da confiabilidade, por exemplo, em contingência e em conexões de backup, aumentando ainda mais a força da WAN.
Emprego de AI – Redes SD-WAN ganham reforço de automação, aprendizado, auto recuperação, e otimização dinâmica de recursos para aplicações e dispositivos.
Serviços gerenciados – Na onda de terceirização, a SD-WAN irá crescer como a oferta de serviço gerenciado, abrindo novos flancos de negócios para o outsourcing e diversificando mais ainda as opções de TCO para o usuário.
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Neste artigo, foi possível notar a importância que uma rede SD-WAN ou SSD-WAN possui dentro de uma empresa. Porém, ela deve ser adquirida na empresa correta.
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